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Publicação: 12/04/2016   Comentários: ()   Categoria: Últimas Notícias - Visitas: 1822
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Porto de Santos deve ter 40% menos cruzeiros na próxima temporada

A temporada de cruzeiros chega ao fim neste domingo, quando o Rhapsody of the Seas, da Royal Caribbean, deixa o Porto de Santos com destino a Barcelona. Os próximos só devem voltar à Cidade no final do ano, mas com a expectativa de redução de aproximadamente 40% no número de embarcações.
Oficialmente, as operadoras que atuam no País ainda não informaram sua programação ao Concais, pois ainda vendem pacotes. Porém, pelo acompanhamento do que está sendo comercializado, a previsão é de quatro navios com escalas regulares na região. Na temporada 2015/2016, foram sete embarcações, que atracaram 146 vezes em Santos. Outras dez fizeram escalas em trânsito. Isso gerou um fluxo de 728 mil passageiros, entre embarques e desembarques.
A Royal Caribbean já confirmou que não deve trazer cruzeiros na próxima estação. A Pullmantur, pertencente ao mesmo grupo, ainda estuda se terá algum navio atracado em Santos. A MSC deve trazer os transatlânticos MSC Preziosa e MSC Musica. A Costa Cruzeiros já vende pacote para um navio com saída do Terminal de Passageiros Giusfredo Santini (Concais).
“A companhia sempre se planeja com antecedência e, observando as movimentações econômicas do País neste momento, optou por uma estratégia mais conservadora, com a vinda de três embarcações para a América do Sul”, afirma, por nota a operadora MSC. O terceiro navio é o MSC Orchestra, que oferecerá roteiros a partir de Buenos Aires, na Argentina.
Navios menores
Outro ponto que pode diminuir o número de passageiros é o tamanho dos navios que chegam. “Além de tirar navios, as empresas estão trazendo embarcações menores. Uma que tinha 3.800 vai voltar na próxima temporada com capacidade para 1.800. Isso, multiplicado pelo número de vezes em que ele tem escala aqui, faz uma diferença enorme”, explica a diretora de Operações do Concais, Sueli Martinez.
A redução no número de cruzeiros vai além da alta no preço do dólar. Outros países, com menos taxas e impostos, se tornam mais atraentes para as armadoras.
“Com a entrada de novos portos em países emergentes, esses locais precisam de navios de mesmo porte que o nosso. E acabamos perdendo essa disputa”, afirma Sueli.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), Marcos Ferraz, Governo e empresários do setor já estão trabalhando para diminuir a distorção de competitividade entre o Brasil e outros países.
“A questão de impostos, infraestrutura, regulação trabalhista e a crise aumentam os custos. Acaba (havendo) que Caribe, Oriente Médio, Austrália e China estão conseguindo atrair mais navios”.
Ferraz confirma que a redução de navios, em torno de 40%, ocorrerá em todo o País. Segundo a entidade, em 2010, 20 navios atracaram em portos brasileiros. No ano passado, foram dez, e a previsão é de que em 2016/2017 sejam seis.
Fonte: A Tribuna on line – Portos e Navios

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