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Publicação: 02/08/2015   Comentários: ()   Categoria: Últimas Notícias - Visitas: 2025
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A crise está propiciando bons negócios e bons lucros pelo menos para um segmento da granéis

A crise está propiciando bons negócios e bons lucros pelo menos para um segmento da economia. Tradicional transportadora de granéis, como minério de ferro e grãos, a ferrovia está ganhando novas cargas – as de produtos industrializados e agrícolas acondicionados em contêineres. E as empresas ferroviárias, como mostrou reportagem do Estado, nem precisam sair em busca dessas cargas: elas são procuradas por empresas que querem reduzir custos.

Nos períodos de crescimento, a prioridade das empresas é entregar rapidamente a mercadoria. Agora, com a produção em queda e perspectivas sombrias para os próximos meses, o alvo passou a ser a redução do custo, para evitar a queda da rentabilidade. “A crise econômica abriu a cabeça de muitas empresas, que deixaram de lado uma série de preciosismos em favor de uma redução de custos mesmo que seja de R$ 1”, avalia o gerente-geral de negócios da MRS Logística, Guilherme Lovisi. Na média, o transporte por ferrovia é 15% mais barato do que por rodovia.

Sua empresa é uma das oito principais companhias ferroviárias que fazem o transporte de contêineres. Essas empresas registraram grande crescimento na movimentação de cargas, que, nos cinco primeiros meses do ano, aumentou de 8,9% a 154% em relação a igual período de 2014, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A participação dos produtos industrializados na carga total transportada por trem ainda é muito limitada. O minério de ferro responde por três quartos de tudo o que é transportado por ferrovia no País. Os grãos respondem por 5%. Sobram 20% da capacidade do sistema para todas as demais modalidades de cargas.

Esses números são consequência de deficiências da estrutura ferroviária que limita as possibilidades de diversificação de seu uso. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Cargas (Anut), Luís Henrique Teixeira Baldez, falta capacidade às ferrovias. De fato, a malha é pequena – de apenas 28,9 mil km – para um país em que a produção agrícola precisa percorrer milhares de quilômetros desde o local da colheita até os centros de consumo ou, especialmente, os portos de onde seguirão para o exterior.

Além de limitada, a malha ferroviária tem muitas restrições operacionais por seu traçado (curvas acentuadas ou aclives íngremes), que reduzem a velocidade média das composições e a competitividade do transporte de cargas por trem.

Há, ainda, gargalos na malha e na regulamentação cuja eliminação as autoridades e as empresas operadoras anunciam, há tempos, mas sem resultados concretos. Um dos gargalos é a limitação do uso por composições de carga do trecho da malha que corta a cidade de São Paulo, em direção ao Porto de Santos. Nesse trecho, a preferência é para o transporte de passageiros, o que limita seu

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