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Publicação: 07/12/2016   Comentários: ()   Categoria: Últimas Notícias - Visitas: 1959
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"Está nos dormentes, literalmente", diz pesquisador sobre a ferrovia

Há 100 anos, o Oeste Paulista conheceu a Estrada de Ferro Sorocabana. Em 1916, o tronco chegou ao km 648, em Rancharia, cuja data de inauguração da estação ferroviária foi em 10 de setembro, conforme arquivos do acervo do Museu Municipal Manir Haddad, a que o Site teve acesso. O município também contou com a instalação da Estação Bartira, na área rural. A chegada da malha ferroviária na região possibilitou o desenvolvimento urbano e econômico das cidades contempladas, além de recordações. Mas a história também foi marcada pela paralisação do transporte, que foi parar na Justiça com uma ação do Ministério Público Federal (MPF). O Site reuniu um pouco da memória ferroviária do Oeste Paulista e a luta pela sua reativação em uma série de reportagens especiais.

 

A ferrovia “está adormecida. Está nos dormentes, literalmente”, e um dos grandes problemas atuais é sua manutenção – ou a falta dela. Foi o que afirmou ao Site o geógrafo Eliseu Savério Sposito, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Presidente Prudente. O especialista acredita que a empresa Rumo ALL “não investiu um centavo” na região, desde que assumiu o trecho, “o que deveria ser a contrapartida dela". "Como as concessionárias de rodovia têm de manter a rodovia”, comparou.

 

As pessoas vão depredando um patrimônio histórico inconsequentemente e, agora, para recuperar isso é mais caro" Eliseu Savério Sposito, geógrafo

 

Conforme Sposito, uma possível reativação da estrada de ferro no Oeste Paulista teria aspectos positivos e negativos. “Para carga, ela é sempre positiva, porque o transporte por ferrovia fica mais barato do que por rodovia. Um trem equivaleria a muitos caminhões na estrada e o transporte acaba sendo mais seguro, porque não envolve pessoas e não tem muitos cruzamentos”, explicou.

 

“Ela tem muitas curvas e o trem vai com a velocidade muito baixa, mas nós já tivemos experiências anteriores, até uns quatro ou cinco anos atrás, mais ou menos, havia transporte de combustível para cá, em Presidente Prudente e, de Presidente Epitácio, a soja ia para o porto de Santos por ferrovia. Isso era positivo”.

 

Poder Executivo 


Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Comunicação afirmou que a Rumo ALL está ligada ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que esteve na cidade por várias vezes com seus diretores e “sempre defenderam interesses da empresa”.

 

Sobre as ações que a Prefeitura de Presidente Prudente realiza no local, a reportagem foi informada de que são realizadas limpezas às margens da ferrovia. Além disso, há um projeto em andamento para a implantação de uma ciclovia pela extensão do perímetro urbano.

 

“O problema da ferrovia em Prudente é o retrato deste transporte em todo o país. O governo participou de todos os atos realizados sobre o assunto, mas é uma questão nacional”, colocou a Prefeitura de Presidente Prudente, ainda por meio de nota.

 

Fonte e Foto: Jornal de Floripa.

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