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Publicação: 17/12/2020   Comentários: ()   Categoria: Últimas Notícias - Visitas: 3061
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Ao contrário de tendência mundial, Metrô e CPTM passam a usar QR Code como pagamento eletrônico

Após meses em testes em algumas estações, o governo Doria lançou nesta sexta-feira (11) o TOP, novo bilhete digital baseado na tecnologia QR Code. Agora os passageiros que desejarem adquirir o bilhete unitário poderão fazê-lo nas máquinas de autoatendimento localizadas nas estações com uso apenas de cartão de débito, ou baixar o aplicativo TOP para Android e IOS, limitado a 10 unidades.

A intenção da atual gestão é eliminar a médio prazo o bilhete magnético Edmonson e com isso reduzir custos. Como hoje essa modalidade perdeu representatividade por conta do bilhete único, a manutenção de bilheterias físicas e uma enorme quantidade de funcionários torna a operação cara e pouco eficiente. Os funcionários que forem liberados dessa função no futuro, serão realocados para outras áreas, afirmou o presidente do Metrô nas redes sociais. O governo também sinalizou que pretende cadastrar estabelecimentos comerciais para que possam vender o QR Code.

No entanto, o sistema QR Code tem pontos fracos. A versão impressa nas máquinas pode se deteriorar se não for usada em até 72 horas, dificultando sua leitura nos bloqueios. A tecnologia, fornecida pela empresa Autopass, que também é responsável pelo cartão BOM, não é a preferida pelos mais importantes sistemas metroferroviários do mundo, que têm aderido ao meio eletrônico NFC, também conhecido como contactless (sem contato).

Nesse caso, o usuário do transporte público não precisa realizar qualquer procedimento de compra anterior de bilhetes virtuais ou físicos já que o débito é feito na própria leitora das catracas. O NFC também aceita cartões de débito e crédito, facilitando a vida de pessoas que usam os trens diariamente ou clientes eventuais como turistas, por exemplo.

A tecnologia é comum nos metrôs de Nova York (sistema OMNY), Londres (TFL), Paris (RATP) e de Pequim, na China, onde o QR Code também é usado. No Brasil, o Metrô de Rio foi pioneiro em introduzir o pagamento por aproximação enquanto a SPTrans, que administra o transporte de ônibus na capital paulista, também aderiu ao sistema. Um possível argumento contra o NFC seria sua baixa utilização em boa parte da população, já que o sistema ainda não se popularizou no país.

Resta entender afinal qual será vida útil da tecnologia já que o sistema bancário e de meios de pagamento vive uma revolução tecnológica e muito em breve será possível realizar pagamentos por meio de diversos aplicativos como Whatsapp. A chegada do PIX, criado pelo Banco Central, também pode impactar no curto prazo a forma como o cidadão realiza compras. Nesse cenário, espera-se que o governo esteja pensando mais à frente.

Por outro lado, persiste o maior problema do governo do estado com seu sistema de pagamento, justamente o bilhete único, que é gerenciado pela prefeitura de São Paulo. Com constantes fraudes, o meio de pagamento que concentra a maior parte das viagens no transporte público gera prejuízos à administração pública e chegou a ter sua concessão à iniciativa privada considerada por Doria quando foi prefeito da capital.

Para saber mais sobre o TOP, o governo disponibiliza um site especial.

Fonte: Ao contrário de tendência mundial, Metrô e CPTM passam a usar QR Code como pagamento eletrônico - Metrô CPTM (metrocptm.com.br)

Tags: CPTM - Pagamento - QRCode

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